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Cerveja em bons termos

06/10/2017 Fonte: O Globo

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E o fenômeno dos artesanatos na cerveja está exuberante, viral, viril e, por excelência, inebriante

Cerveja em bons termos E o fenômeno dos artesanatos na cerveja está exuberante, viral, viril e, por excelência, inebriante

Eu vi, ninguém me contou. A distância entre o grande público e as cervejas artesanais ainda é grande. Isso fica claro quando conversamos com as pessoas que vão a eventos que acontecem semanalmente, da Junta Local ao Rio Sabor e Arte, em que as cervejas estão entre as atrações, às grandes iniciativas sazonais, como o Rio Craft Beer e o Repense Cerveja, em que a bebida é o foco. Ou no Mondial de la Bière, que domina o panorama cervejeiro a partir da próxima quarta-feira.

Interesse não falta da parte dos cervejeiros em conquistar mais e mais adeptos. Muito menos curiosidade por parte do público para conhecer mais estilos e rótulos em cada oportunidade. E o fenômeno dos artesanatos na cerveja está exuberante, viral, viril e, por excelência, inebriante. A velocidade com que os diferentes tipos de cervejas têm aparecido é quase inatingível e inalcançável para o consumidor que estava acostumado com o seu chopinho no bar.

Parte dessa distância está em um vocabulário particular, quase um dialeto técnico que as novas tendências americanas e europeias nos trouxeram. Entre essas expressões da moda estão o brett, a sour, a lactose e o eterno dry hopping, que ecoarão em cada estande, não importa a dimensão do evento. Vamos tentar decifrar alguns deles para encurtar essa distância.

Dry hopping significa, literalmente, lupulagem a seco. É a marca de uma cerveja bem amarga. É quando o lúpulo — aquela flor de aroma muito forte, que está em todas as nossas cervejas, inclusive no chopinho do bar — é acrescentado no fim do preparo da bebida. Com isso, esse lúpulo vai invadir a nossa boca com aromas e sabores de ervas e frutas. Se aplicarmos o caso na cozinha, é como uma pizza que é polvilhada com o orégano antes de ir para o forno. Se for temperada na saída do forno, a erva vai falar bem mais alto.

Outro termo que vai ser ouvido e deve ser decifrado é brett, simpática abreviatura para o temível Brettanomyces, uma levedura selvagem, hoje domesticada, que já foi o terror de quem produzia bebidas em barril, os enólogos, especialmente. Hoje, controlada e amansada, é usada no desenvolvimento de algumas cervejas para dar um toque rústico, meio envelhecido, que confere à cerveja — e ao vinho — uma complexidade de bebidas velhas para produtos novos.

Lactose, a rigor, é um açúcar sem sabor. Já citamos o elemento aqui, mas, de prova em prova, reparamos como provoca a cerveja de uma forma interessante: transmite aquela sensação de boca cheia como a de quem come um brigadeiro, e dá até a impressão de um mil-shake, especialmente na hora daquela cheiradinha no copo. Lactobacilos são familiares para quem tomava o antigo Yakult.

Por fim, a sour. A expressão é inglesa e significa azedo, adjetivo coerente, já que algumas grandes cervejas com essa característica dão desde a impressão de uma laranjada até a uma radical limonada suíça. Tal como no brett, a característica vem de leveduras selvagens, quase sempre não industriais. Está na moda, apesar de sua origem muito antiga, da época em que as cervejas eram produzidas e armazenadas em locais úmidos, mofados, contaminados e infestados até com teias de aranhas.

Qualquer coisa ali azedaria. Mas cabe ao cervejeiro dominar a sua força, moldar o seu paladar e fazer com que o novo consumidor se aproxime daquela experiência nova, que provoca uma careta no início, mas que se torna um hábito no fim, encurtando a distância entre o normal e o radical — e levando, em cada festival do caminho, as cervejas aos bons termos.

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Eu vi, ninguém me contou. A distância entre o grande público e as cervejas artesanais ainda é grande. Isso fica claro quando conversamos com as pessoas que vão a eventos que acontecem semanalmente, da Junta Local ao Rio Sabor e Arte, em que as cervejas estão entre as atrações, às grandes iniciativas sazonais, como o Rio Craft Beer e o Repense Cerveja, em que a bebida é o foco. Ou no Mondial de la Bière, que domina o panorama cervejeiro a partir da próxima quarta-feira.

Interesse não falta da parte dos cervejeiros em conquistar mais e mais adeptos. Muito menos curiosidade por parte do público para conhecer mais estilos e rótulos em cada oportunidade. E o fenômeno dos artesanatos na cerveja está exuberante, viral, viril e, por excelência, inebriante. A velocidade com que os diferentes tipos de cervejas têm aparecido é quase inatingível e inalcançável para o consumidor que estava acostumado com o seu chopinho no bar.

Parte dessa distância está em um vocabulário particular, quase um dialeto técnico que as novas tendências americanas e europeias nos trouxeram. Entre essas expressões da moda estão o brett, a sour, a lactose e o eterno dry hopping, que ecoarão em cada estande, não importa a dimensão do evento. Vamos tentar decifrar alguns deles para encurtar essa distância.

Dry hopping significa, literalmente, lupulagem a seco. É a marca de uma cerveja bem amarga. É quando o lúpulo — aquela flor de aroma muito forte, que está em todas as nossas cervejas, inclusive no chopinho do bar — é acrescentado no fim do preparo da bebida. Com isso, esse lúpulo vai invadir a nossa boca com aromas e sabores de ervas e frutas. Se aplicarmos o caso na cozinha, é como uma pizza que é polvilhada com o orégano antes de ir para o forno. Se for temperada na saída do forno, a erva vai falar bem mais alto.

Outro termo que vai ser ouvido e deve ser decifrado é brett, simpática abreviatura para o temível Brettanomyces, uma levedura selvagem, hoje domesticada, que já foi o terror de quem produzia bebidas em barril, os enólogos, especialmente. Hoje, controlada e amansada, é usada no desenvolvimento de algumas cervejas para dar um toque rústico, meio envelhecido, que confere à cerveja — e ao vinho — uma complexidade de bebidas velhas para produtos novos.

Lactose, a rigor, é um açúcar sem sabor. Já citamos o elemento aqui, mas, de prova em prova, reparamos como provoca a cerveja de uma forma interessante: transmite aquela sensação de boca cheia como a de quem come um brigadeiro, e dá até a impressão de um mil-shake, especialmente na hora daquela cheiradinha no copo. Lactobacilos são familiares para quem tomava o antigo Yakult.

Por fim, a sour. A expressão é inglesa e significa azedo, adjetivo coerente, já que algumas grandes cervejas com essa característica dão desde a impressão de uma laranjada até a uma radical limonada suíça. Tal como no brett, a característica vem de leveduras selvagens, quase sempre não industriais. Está na moda, apesar de sua origem muito antiga, da época em que as cervejas eram produzidas e armazenadas em locais úmidos, mofados, contaminados e infestados até com teias de aranhas.

Qualquer coisa ali azedaria. Mas cabe ao cervejeiro dominar a sua força, moldar o seu paladar e fazer com que o novo consumidor se aproxime daquela experiência nova, que provoca uma careta no início, mas que se torna um hábito no fim, encurtando a distância entre o normal e o radical — e levando, em cada festival do caminho, as cervejas aos bons termos.

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